quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


Supra Sonho Suprimido –


Téo Malvine –


. Supra sonho super colorido, um super solo de guitarra e um super refrão que todo mundo adora, doce ilusão. O meu medo é transparente e multicolorido, o meu medo inibido, inibido medo de morrer sorrindo.


. Super caras super fodas e um sonho na sacola. As estrelas fagulhando em chamas, chamuscando meu arco-íris noturno, o palco do grande super show, o auge do supra sonho super deprimente, porque a vida é filmada num preto e branco super envolvente.


. Super caras super fodas e um sonho na sacola, mas o sonho não importa. Supra sonho super deprimente, viva a vida em preto e branco... super envolvente.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Emoldurado & Calado –


Téo Malvine –


. E eu só não queria ter que me distanciar, ficar tão longe assim. E é muito ruim não poder falar, pra mim silenciar já é lonjura. É que pra mim calar é uma tortura, uma loucura sem fundura. Sei que me ouviu falar que “não faz mal”, mas pra minha tristeza já não sei se há cura.


. E eu só queria estar quando você chegar pra me pedir desculpas, pra ver o teu sorriso quando me ouvir dizer que não foi nada, que eu não estou chateado. E só não me venha pedir pra eu ficar calado, só não me venha pedir pra eu ser um retrato falado.


. Não me venha dizer que nada mudou, não me venha dizer que eu ainda sou pra você o mesmo que fui, pois sem poder dizer nada eu não sou ninguém, e eu sei bem lá no fundo que já fui alguém, mas se acha que assim vale apena viver, basta me emoldurar e guardar.


. E eu só não queria me fazer falhar e te deixar assim. Eu sei que é muito ruim não me poder falar, pra mim essa distância também vai ser tortura, é tudo uma só lonjura, um desespero sem fundura. Só não me jogue às traças, trancado, em qualquer canto do quarto, nessa moldura.


quarta-feira, 8 de julho de 2009


Drogas Que Viciam –


Téo Malvine –


. Eu sei como é difícil, mas é chato perceber quando não há perigo. Sei como é, também é difícil acreditar no inferno que ferve por debaixo dos nossos pés descalços, cansados, calejados e latejantes, o calor é mesmo escaldante e quase que insuportável. É, ele existe, ele nos contém e nos mantém.


. Raimundo certa vez disse-me um dia: _É inverno no inferno e nevam brasas_ todos nós contidos em nossas casas. Esse frio também desgasta... e inspira... congela teus dedos e aquece minhalma que faça-me o favor, por deus, ainda é minha.


. É, é difícil depender de uma droga que vicia, tão quão é impossível independer de alguém um dia, é claro que quando se ama judia, mas noutra manhã o amor reacenderia, reacenderá, não há de apagar.

terça-feira, 30 de junho de 2009


Taberna –


Téo Malvine –


. Acho que hoje vai chover granizo, ainda faz sol, o dia está lindo, mas [...] sei lá, só acho.


. Às vezes penso que não existo e canto músicas sem ritmo, na maioria das vezes eu não sei o que digo, mas digo e sorrio.


. Às vezes eu penso que as vezes não penso em nada, às vezes eu penso em nada, em como seria o nada ou se nada seria alguma coisa e eu nada seria. Você cai na piscina e nada [...] até a superfície.


. Escrevo coisas com significados pacatos, outras com nenhum significado, na maioria das vezes não escrevo nada. [...] Meu livro sou eu, [...] eu busco entende-lo. [...] O infinito sou eu. [...] Quem sou eu? [...] Me desculpe, preciso ir [...] antes que os granizos comecem.